Olá mãezinha, olá a todos,
Talvez seja a grande a distância
que nos separa se mensurada nos moldes do tempo e velocidade aos quais estão
acostumados. Porém, como já o sabem, o pensamento e principalmente o coração é
laço e indestrutível que une a todos e nos faz presente em cada milésimo de
segundo que nossos afins respiram.
Muito embora eu, viajante entre
planetas, consiga com a ajuda dos companheiros espirituais, circundar os globos
do nosso sistema e por assim dizer surfar entre atmosferas, densidades e
realidades energéticas que ainda desconheceis, não estou em nenhum momento,
isento de compartilhar das dores e da gravidade dos vossos passos.
Aqui irmãos, ainda digo aqui por
falta de vocabulário compreensível. Somos chamados de edificadores universais (o
que mais uma vez não passa de uma nomenclatura débil visto que não possuímos gramática
apropriada para descrever nossas ações), ou melhor dizendo, somos operários do
Criador. E assim como nossos irmãos que edificam montanhas e divisam os mares dos
orbes, também aqui, lidamos com as matérias cósmicas realizando “o arrastar de
móveis” sempre que necessário visando a manutenção da higiene e harmonia das
constelações.
Porém queridos amigos, não
deixem que essa linguagem difícil vos faça esquecer da simplicidade dos nossos
feitos e da humildade dos nossos corações.
Não pensem que por podermos
cruzar em tempo célere os horizontes universais nos colocamos a fitar
deslumbrados, a imensa e divina obra do Criador. Não. Não mesmo. Pois ainda há
muito trabalho e o dever mesmo que sob contexto estelar, nos chama a todos.
Portanto, mesmo carregando em
nossas costas as asas de nossos méritos morais que nos permitem cruzar as
esferas do Pai, não esquecemos jamais, dos nossos inúmeros irmãos que ainda
caminham nos planos físicos.
Sempre que enquanto soltos no
ar, pensamos em expandir-nos em nós mesmos tentando alcançar as esferas
maiores, logo os lamentos e sofrimentos dos irmãos nos abatem em pleno voo nos
freando a ascensão e qual pesada bola de ferro presa aos nossos pés nos puxa para
a implacável gravidade.
Sim irmãos, também nós somos
vitimas da gravidade. Somos todos prisioneiros uns dos outros se considerarmos
nossos desafios e sofrimentos, porém, somos também todos comungueiros das
maravilhas do nosso Arquiteto Maior.
Não podemos contemplar a beleza
das estrelas enquanto nossos iguais ainda lidam com a poeira de suas
existências.
Vejam o meu exemplo pessoal:
Sou muito ligado a minha
mãezinha que hoje se encontra encarnada.
Então, quando aqui plaino em
trabalho nas inúmeras atmosferas sinto a gravidade de suas dores.
Se ela chora, também eu
entristeço.
Se ela se cala, também eu emudeço.
Se ela se arrasta em conflitos,
também eu me inclino.
Isso amigos, é fator inerente a
todos. È lei universal;
Se um sofre, o que é feliz se
sente menos venturoso.
Se um entra em desespero, também
o outro, não importa quão alto esteja, sente imediatamente em seu peito a
desarmonia.
Batemos em uníssono irmãos. E
jamais seremos felizes se vocês não o forem.
E não duvidem jamais que cada
passo de vocês, mesmo que em terreno acidentado, é também um acréscimo em nosso
caminhar.
Não esqueçam que um gesto vosso de
bondade nos faz daqui, avançar mais e mais em direção a estrelas cada vez mais sublimes
e celestes.
Não desistam nunca e nem
desanimem diante do amontoado de atrasos em que já se transformou a obra, pois
o resultado, para aqueles que confiam e que não se deixam abater diante das
dificuldades pode vir mais rápido do que se espera e da forma que menos se imagina.
Daqui, como bem sabeis, estamos
vigilantes e protetores e de vós cuidamos com zelo de pai, porém pedimos que
também vós cuideis uns dos outros e que saibam que cada mão estendida em favor
do próximo é avançar em nossos voos interplanetários e é também um apontar na direção
de nós mesmos.
Estamos juntos, pois humanos ou
anjos. Extra ou intra terrenos somos todos indistintamente, um só.
Que Jesus alegre o vosso
caminhar.
Graças a Deus,
Álvaro
União Fraternal Raul Cury
24.04.2016